segunda-feira, 20 de junho de 2011

Carregando os filhos criados ainda pelos braços
Como se a idade nunca tivesse chegado
Eram filhotes ainda indefesos
E como loba protetora vigiava-lhes a vida
Crescidos não eram o suficiente
Eram apenas filhos
Eram a extensão de si mesma
E com sombra dançava os mesmos movimentos
Banhando-os com as lágrimas da insegurança
Mesmo criados ainda eram seus bebês
Mesmo distantes ainda os carregava no ventre
A mãe eterna que se liga ao filho
A mesma mãe de todos os lugares em todos os povos
E assim, nesse instinto sem explicações, seguia ela
Parindo filhos e corações
Para suportar as emoções da maternidade
Para reforçar a tolerância das dores das quedas
E emocionando-se com vitórias alcançadas
A velha loba....
Leoa que amamenta...
Coruja alerta...
Assim, nasce-se menina, chega-se a mulher
Mas apenas algumas se transformam em mãe...

2 comentários: